Quinta-feira, dia 27 de maio. Saí do trabalho e fui a faculdade, assim como faço todos os dias durante a semana. Mas esse dia ficará marcado como uma data assustadora e repugnante. Amigos e amigas, vocês já entenderam o por que.
Como precisava terminar um trabalho, fui a uma lan house próxima a faculdade. Assim que entrei na lan pedi ao dono que liberasse um computador para mim. Ele pediu que eu utilizasse a máquina número 12 (infeliz indicação a dele).
Quando fui me aproximando do computador 12, vi algo que nunca imaginei que pudesse presenciar. Um homem, na máquina ao lado(13), estava com o órgão genital para fora da calça e ereto ainda por cima. O infeliz estava conversando com alguém pelo Messenger (MSN).
Não tive reação no momento, apenas me sentei, por alguns segundos não consegui pensar em nada. Não consegui decodificar a imagem que vi. O local estava cheio, havia crianças, adolescentes e outros adultos. A iluminação era clara e não havia qualquer possibilidade de alguém fazer algo do que tipo sem ser percebido. Mas isso não parece ter intimidado aquele animal, do computador ao lado. Era um animal sim!! Não poderia ser um homem.
Várias possibilidades de reação me passaram a cabeça: poderia me levantar e intimidar o sujeito, talvez sair do local e ligar para a polícia ou quem sabe apenas avisar o dono do estabelecimento o que estava acontecendo e solicitar um outro computador. Porém, resolvi que terminaria meu trabalho alí mesmo e ignoraria o depravado ao lado, depois avisaria o dono da Lan "Sexy" House (resolvi dar esse code-nome ao local) e logo após isso, ligaria para a Polícia, afim de prender o sujeito por atentado ao pudor. No momento escolhi essa como melhor ação, era a mais civilizada, acredito eu.
Enquanto terminava meu trabalho, percebi que o neanderthal ao lado (acreditem se quiser) estava se masturbando. Sim...mesmo com a local cheio de pessoas, mesmo com a iluminação clara o suficiente para todos verem, mesmo com todos os outros fatores desfavoráveis, ele estava sim, fazendo aquilo. E ainda sorria e mandava sonoros beijos em direção a Webcam a sua frente.
Naquele momento resolvi terminar o trabalho de qualquer jeito, seria lutar contra minha civilidade e paciência permanecer ao lado daquele homem. Levantei-me fui em direção ao dono da Lan, para pagar o tempo e as impressões que fiz, sair e ligar para a polícia. Porém não houve tempo de executar essas ações. Enquanto tentava passar à frente das outras pessoas que também esperavam para serem atendidas, o depravado-neanderthal-animal-sujeito, jogou uma nota de R$ 1,00 na mesa do gerente do recinto e saiu em disparada do local.
Ainda pasmado, avisei as pessoas ao redor o que aquele repugnante homem havia feito e relatei o ocorrido ao homem que, desorganizadamente e incompetentemente, gerenciava a Lan "Sexy" House. Este apenas disse: - Sério?
Aquela reação do gerente me assustou, parecia surpreso, mas nem tanto. O mínimo que esperava dele era uma reação de ligar para a Polícia e relatar o caso, ou quem sabe pedir mais detalhes do depravado sujeito. Todos essas ações e fatos ocorreram em um curto espaço de tempo, permaneci (desde a entrada até a saída) no máximo uns 10 minutos no local.
Tudo aquilo foi horrível e revoltante! A masturbação pública e a falta de pudor daquele homem, somada a ausência de interesse do gerente do local em compreender a importância do acontecido, permite acreditar que talvez não fosse a primeira vez que aquilo acontecera alí. Assim que cheguei a sala de aula, contei ao amigos o que presenciei e agora escrevo esse texto para avisar a outras pessoas o que aconteceu.
Sou estudante de Jornalismo do Cesumar (Centro Universitário de Maringá), tenho 22 anos de idade, imagino que já tenha visto e lido sobre vários fatos repugnantes em minha vida, porém nada foi tão revoltante e assustador como aquilo que presenciei.
Hoje, penso em diversas outras reações que poderia ter escolhido, mas acredito que a violência não seja o caminho em nenhuma ocasião, por mais desafiadora que seja. Farei a minha parte, não retornei mais àquela espelunca e peço a vocês que façam o mesmo. Esse relato é sincero e real, mesmo que inacreditável.
